sexta-feira, 6 de março de 2009

Carroça

Carroça,

''Subo na carroça. Sinto meus cabelos
Dançarem. Todos descem, todos sobem
Enquanto eu fico a observar. As mãos
Segurando-se para evitar o encontro com
O chão. Ela balança, chaqualha sem parar
E a burra caminha lenta ou rápida depende
Do bem estar. O alumínio vai atrás seguro
Para variar. Há uma coisa que incomoda:
Os insetos a rodear a trabalhadora da burra
Que nem sequer pode reclamar. No local
O homem do ferro segue a separar com as
Mãos nuas o material que poderá lhe matar
Ou renovar. Afinal era um bom dia para se
Caminhar, pois que o sol não ardia a incendiar.
Assobiando voltei a caminhar já que a carroça
Fora embora sem me levar. E assim o dia iniciou
A espera da nova aurora que virá presentear com
O próximo trabalho de carroça novamente a chaqualhar.''
Lay.

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